O
prefeito de Juara, Nei Drogas, que recebeu o apelido de “prefeito de whasApp”,
já mostrou que não é uma pessoa que lida bem com críticas e, dessa vez, a ex
vereadora Sandy de Paula foi alvo de falas, consideradas por muitas pessoas,
ofensivas e antidemocráticas.
Em
uma entrevista concedida a TV Amplitude, o atual prefeito de Juara, disse que a
ex vereadora, que foi presidente da Câmara e também candidata ao cargo
executivo em pleito eleitoral com o atual prefeito, é carta fora do baralho.
Em
mais um episódio de intolerância às críticas, o prefeito voltou a causar
polêmica ao atacar sua ex-adversária política, Sandy De Paula — vereadora e
ex-presidente da Câmara Municipal —, chamando-a de “carta fora do baralho”. A
declaração, feita em resposta às críticas de Sandy sobre a condução da atual
gestão, revela o tom autoritário que tem marcado o comportamento do chefe do
Executivo diante de qualquer oposição.
Sandy
De Paula, que disputou o último pleito municipal contra o atual prefeito, vem
exercendo um papel ativo de fiscalização e cobrança, postura esperada de quem
já ocupou cargos de destaque no Legislativo. Em vez de responder com argumentos
ou apresentar resultados, o prefeito preferiu desqualificar a opositora,
ignorando a legitimidade de sua atuação política e o direito à crítica em uma
democracia.
A
fala do prefeito não apenas tenta deslegitimar Sandy como opositora política,
mas também como cidadã e envia um recado preocupante a qualquer voz dissonante:
discordar é motivo para ser atacado pessoalmente. O uso da expressão “carta
fora do baralho” reforça a ideia de que o prefeito busca restringir o jogo
político aos que concordam com ele, excluindo os demais do debate público.
Para
muitos, o episódio evidencia uma tentativa de enfraquecer a oposição por meio
de ataques pessoais, em vez de fortalecer o debate com base em propostas e
prestação de contas. Críticas fazem parte da democracia — e são essenciais para
a transparência e melhoria da gestão pública.
Episódios como este acendem o alerta sobre o
clima político na cidade e a importância de preservar o espaço para o
contraditório, o respeito institucional e a liberdade de expressão.
Sandy
tem exercido seu papel de cidadã com firmeza — fiscalizando, denunciando
irregularidades e cobrando ações concretas para a população. Em uma democracia,
isso não apenas é legítimo: é necessário. A tentativa de desqualificar sua
atuação com ofensas pessoais mostra que o prefeito parece confundir crítica com
ameaça, oposição com inimigo.
A
fala do prefeito é mais do que um deslize: é sintomática de uma gestão que
recorre ao ataque sempre que confrontada com a realidade. A expressão “carta
fora do baralho” é um claro desprezo pelo debate democrático e pela pluralidade
de ideias — um sinal de que o prefeito prefere governar sem ser questionado,
sem prestar contas, e sem aceitar o contraditório.
É
dever da imprensa, das instituições e da sociedade repudiar esse tipo de
postura. O cargo de prefeito exige equilíbrio, respeito e responsabilidade.
Atacar uma ex-vereadora com histórico de serviços prestados, apenas por exercer
seu direito de crítica, é um gesto pequeno de quem deveria pensar grande.
Em tempos em que a democracia é testada diariamente, atitudes como essa não podem passar despercebidas. O prefeito precisa entender que quem ocupa um cargo público está sujeito à cobrança e ao julgamento da população — inclusive daqueles que não concordam com ele.
Clique aqui e veja a resposta de Sandy ao ataque do prefeito.