quinta-feira, 3 de julho de 2025

Fala que caracteriza intolerância religiosa movimenta redes sociais em Juara.


Uma pessoa, que ainda não teve sua identidade revelada, chamou a atenção para um assunto que precisa ser mais debatido na atualidade.


Essa pessoa mandou uma mensagem para a página do instagram Juara MT reclamando que, em uma residência no bairro João de Barro, estavam acontecendo coisas estranhas. Segundo a publicação, no local estariam reunidas pessoas com falas, cantigas e barulhos estranhos e ainda fez uma menção a capoeira.


Rapidamente o caso virou assunto na cidade e algumas pessoas se pronunciaram contrarias a fala da pessoa em questão.


Alguns líderes de religiões afro descendentes de Juara se uniram em uma nota de repúdio que também foi publicada pela página Juara MT.


O Bàbáláwó Ifasinan Ódulajé Ajidagba, o Bàbá Daniel, dirigente do Templo da Boa Sorte, do Culto Tradicional Africano da cidade de Juara, gravou um vídeo em que repudia ações como essa que aconteceu em Juara e que, infelizmente, não é um caso isolado.


A intolerância religiosa é a falta de respeito e aceitação pelas crenças e práticas religiosas diferentes das próprias. Esse tipo de preconceito pode se manifestar de várias formas: desde discursos ofensivos e piadas discriminatórias até agressões físicas, vandalismo de templos e perseguição social ou institucionalizada.


Os motivos da intolerância religiosa estão enraizados, muitas vezes, na ignorância, no medo do diferente, no etnocentrismo (ideia de que apenas uma cultura ou religião é superior às demais) e na má interpretação de textos sagrados. Além disso, contextos históricos de dominação cultural e religiosa contribuíram para fortalecer o preconceito contra grupos religiosos minoritários. Em alguns casos, líderes políticos e religiosos também alimentam esse tipo de intolerância, usando a fé como ferramenta de manipulação e exclusão.


As consequências da intolerância religiosa são profundas e variadas. No nível individual, ela pode gerar sofrimento psicológico, exclusão social, violência e até a perda da liberdade de expressão e crença. No coletivo, prejudica a convivência pacífica entre diferentes grupos, aumenta os conflitos sociais e compromete os princípios democráticos de um Estado laico e plural. Além disso, a intolerância corrói valores fundamentais como o respeito, a empatia e a solidariedade, dificultando a construção de uma sociedade mais justa e harmoniosa.


Promover o diálogo inter-religioso, a educação para a diversidade e a valorização dos direitos humanos são caminhos fundamentais para combater a intolerância religiosa e garantir a convivência pacífica entre todas as crenças.


Clique aqui e veja o vídeo postado pelo Bàbà Daniel.

 

 

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