quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Após Não Conseguir Medicação em Juara, Gestante Encontra Amparo e Assistência na Cidade de Juína.




O uso e indicação da Enoxoparina, também chamadas de “picadinha do amor” por gestantes que necessitam dessa medicação, é uma injeção utilizada para prevenção da coagulação do circuito de circulação, Trombose (venosa, pulmonar e cerebral); infarto do miocárdio; entupimento dos vasos cerebrais; arritmia cardíaca, quem teve ou está com covid, quem sofreu de aborto e vários outros diagnosticados. Tal medicação é prescrita pelo médico.

 

De acordo com a Portaria Nº 10, publicada em Diário Oficial no dia 24 de janeiro de 2018, existe a obrigatoriedade de fornecimento pelo SUS do referido medicamento para gestantes que sofrem de trombofilia. Isto porque, segundo informação na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC, para mulheres grávidas que sofrem trombofilia, o medicamento à base de enoxaparina  deve ser fornecido pelo SUS, uma vez que tratamento com tal medicamento reduz a taxa de aborto para a portadora de tal doença.

 

Partindo do pressuposto que há a obrigatoriedade do fornecimento do medicamento acima mencionado pelo SUS, algumas gestantes procuraram a secretaria de saúde do município de Juara na esperança de terem seu direito a medicação garantido, mas, segundo várias gestantes, não houve por parte do Poder Público Municipal atenção e, muito menos, demonstração de interesse em auxiliar as gestantes.

 

O Blog Politizada conversou com algumas gestantes que estão nessa lamentável situação e todas foram categóricas em afirmar que procuraram tanto o Poder Executivo quanto o Legislativo de Juara e não foram auxiliadas.

 

Uma vereadora em específico foi citada e as gestantes disseram que a fala foi bonita, mas na prática não houve ajuda para resolver a situação.

 

Uma gestante chegou a ter que sair da cidade por conta dos problemas na gestação acometidos pela trombofilia e a falta de estrutura que Juara oferece na saúde, incluindo a inviabilidade de, mesmo havendo um aeroporto na cidade, o mesmo não ter iluminação para pousos noturnos, impossibilitando, como já vimos anteriormente, a chegada e saída de uma UTI aérea no período noturno, mas essa questão do aeroporto de Juara é assunto para outro momento (a novela do aeroporto municipal ainda não acabou).

 

 A gestante em questão fez um desabafo em suas redes sociais relatando a experiência que passou com o Poder Público Municipal: “Talvez quem esteja lendo isso não veja a importância, não entenda o que é você precisar de uma medicação em seu município e não ser ajudada! Mas vou explicar. VOCÊ PEDIR, IMPLORAR E NÃO TER AJUDA E NEM QUEM A RECORRER, É TRISTE! E FOI EXATAMENTE ISSO QUE ME ACONTECEU EM JUARA. Tanto eu como várias outras mamães que vêm passando por isso, precisando dessa injeção para salvar a vida do seu bebê..., Mas Deus é maravilhoso e não me deixou desamparada, me guiando até Juína aonde fui muito bem recebida, me falaram O SUS É PARA TODOS! Apresentando a receita médica, me entregaram toda a quantidade que eu precisava na mesma hora.

Foi uma felicidade, uma alegria um sentimento tão imenso de gratidão que não tem explicação!

Não me questionaram, não exigiram laudos, documentação de comprovação, processo receita de hospital público ou privado e muito menos me deixaram esperando por algo que eu precisava com urgência.
Foram meses em Juara tentando conseguir essas injeções e não tive retorno”.

 

Não bastando toda a perturbação e abalo emocional da referida gestante, após sua postagem nas redes sociais, a equipe que atendeu a gestante na cidade de Juína teria recebido algumas ligações partindo do Poder Público de Juara em tom de “cobrança” pelo atendimento que a gestante recebeu naquele município.

 

Algumas perguntas que não querem calar são: Qual razão do município não ter a medicação aqui mencionada, visto que ainda estamos em uma pandemia e a mesma medicação é utilizada por alguns pacientes com Covid? Se a procura está grande por parte das gestantes, qual razão do município não ter a medicação em estoque? Qual motivo para tantas reclamações voltadas para diversos setores do Poder Público Municipal no que tange a orientação e repasse de informações, como no caso dessa medicação? Que tipo de assistência essas gestantes estão tendo além de mensagens trocadas no whats com promessas e falas bonitas? E a principal: Qual motivo de ligações cobrando explicações do por que a gestante ter conseguido um bom atendimento e a medicação no município vizinho?

 

Vale ressaltar que o SUS é um sistema público. Sendo assim, todos os cidadãos brasileiros, sem discriminação de raça, cor, crenças, classe social ou local de moradia, têm direito de utilizar seus serviços, sendo necessário apenas que o cidadão tenha um cartão específico de acesso, chamado Cartão Nacional de Saúde, o cartão SUS e os remédios de alto custo fazem parte dos serviços que são distribuídos gratuitamente para quem tem esse cartão, que pode ser feito em qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS), por qualquer cidadão ou seus dependentes.

 

 

 

5 comentários:

  1. Lamentável essa situação, dói no meu coração saber que a minha filha Brunna, moradora de juara a varios anos, esteja passando por isso, mais ainda, que ate o momento nao recebeu sequer um telefonema de afeição e acolhimento da Gestao de saúde Municipal para saber seu estado atual.Mais solidariedade com o próximo, por favor! UM DIA VOCE PODE ESTAR SENTADO NO AR CONDICIONADO COM A CANETA NA MÃO E NO OUTRO..DEITADO, ESPERANDO AJUDA TBM!A VIDA E ASSIM, UMA VERDADEIRA RODA GIGANTE.

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  2. Cada dia que passa é possível ver que essa gestão só faz propaganda e nada resolve, não se importa com a vida das pessoas

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  3. Parabéns prefeito, bom trabalho.

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  4. Tem pessoas que conseguiu essa injeção sem burocracia em Juara.

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  5. Conheço bem como é o descaso com a população que precisa de ajuda. Passei por algo bem parecido, não como gestante mas com meus 2 filhos. Um precisa de um pneumologista e já vai para 5 anos que ele aguarda ser chamado pela secretaria de saúde e o outro teve que fazer uma cirurgia e que até chegar ao diagnóstico da doença foi brasnorte quem me ajudou e quando precisou ser operado foi a minha família e a do meu esposo e também várias pessoas de alma boa que nos ajudaram.

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