segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Mato Grosso: Impostos Altos e Fila para Receber Doação de Osso.

Fotos: UOL



De acordo com o G1, Mato Grosso teve aumento na arrecadação de 26,2% no primeiro quadrimestre deste ano em relação ao ano passado, segundo um relatório da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz).


Os dados apresentados apontam um crescimento recorde, impulsionado pelo agronegócio, que sozinho teve um crescimento de 33,7% no primeiro quadrimestre de 2021. O setor exportou R$ 10 bilhões a mais no período, em relação ao ano anterior.


Já o faturamento total tributável em Mato Grosso teve um aumento de quase 44% a mais que em 2020, passando de R$ 119,5 milhões para R$ 172,5 milhões, gerando superávit e superando os efeitos econômicos negativos causados pela pandemia da Covid-19.


Em Mato Grosso outra grande responsável pelo superávit foi a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que teve um crescimento de 60% na agropecuária, 25% no comércio e serviços e 40% na indústria, em 2021, comparando ao mesmo período de 2020, o que permitiu um repasse aos municípios 32,1% maior que o realizado em 2020.


O relatório aponta ainda que os efeitos da inflação de preços atingiu com maior intensidade as famílias de muito baixa e baixa renda.

 

Há poucos dias várias reportagens foram feitas sobre moradores de Cuiabá terem formado fila na frente de um açougue do Bairro CPA 2 para receber doação de ossos.

 

A doutora em sociologia política Silvana Maria Bitencourt afirmou para o Site G1 que correntes de solidariedade são extremamente importantes, mas isso também envolve politicas públicas. “Não podemos tirar a responsabilidade do estado. É preciso olhar para essa população”, pontuou.

 

O governador Mauro Mendes parece já ter iniciado a “corrida eleitoral” 2022/2026 fazendo visitas e reuniões em algumas cidades do Estado, porém, efetivamente não há no Estado Politicas Públicas suficientes para atender as famílias de baixa renda que estão à mercê da boa vontade de pessoas que ajudam com doações, mostrando que esse é o governo apenas de mídia.

 

Recentemente, quando perguntado sobre a fila para receber doação de ossos na capital, o governador alegou não ter responsabilidade quanto à situação, afirmou que “já faz muito pelo social”, palavras dele. De cara, é preciso entender que, Mato Grosso, conforme dados acima evidenciados, não sofreu com perda de arrecadação no período pandêmico, logo, também é preciso entender que o Estado é uma unidade política de poder emanado do povo para atender as demandas do próprio povo, portanto, governadores ou setores não tem o direito de ser servirem do Estado para cumprirem seus interesses enquanto o povo padece. É preciso entender que o povo não come PIB.


Normalizar que a fila do osso existe há dez torna este debate ainda mais vergonhoso, pois, além de não assumir o problema eclodido agora, revela que, mesmo o governo sendo sabedor desta mazela de mais de uma década, o caso não foi objeto de plano de trabalho sequer em campanhas eleitorais, mostrando uma postura governamental que invisibiliza os excluídos e quando o caso veio à tona duas verdades foram trazidas a cena.


Primeira: Se a fila existe há dez anos o que foi feito para tratar com política pública enquanto Estado? NADA.


Segunda: E agora? O que o governo de um dos Estados mais ricos da federação fará aos pobres enquanto acumula recursos em caixa? Até quando o governador Mauro Mendes tratará o Estado de Mato Grosso como uma empresa, cujo dono ele fosse? 

 

Artigo redigido com informações do Site G1.

 

Um comentário:

  1. a gente tem que abrir o olho com os vereador e prefeito de juara que apoia Mauro mendes porque ja mostra quem eles são e se apoiam depurados que esta com Mauro mendes tambem

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